Donald Trump: Entre a Fortuna e a Controvérsia
Donald Trump é, sem dúvida, uma das figuras mais polêmicas do século XXI. Alguns o consideram o salvador dos Estados Unidos, enquanto outros o veem como um dos maiores golpistas da história. Mas, independentemente das opiniões, uma coisa é inegável: Trump possui uma fortuna estimada em mais de 5 bilhões de dólares. Com seu próprio avião de luxo, clubes de golfe e prédios que levam seu nome, sua trajetória no mundo dos negócios é fascinante.
No entanto, sua vida pessoal é marcada por complexidades. Neste post, vamos explorar como Trump construiu seu império, dissecar sua mentalidade e entender as estratégias que o fizeram bilionário e presidente dos Estados Unidos. Além disso, traremos lições valiosas que você pode aplicar para alcançar sucesso tanto na vida pessoal quanto profissional.
As Origens da Fortuna de Trump
A história de Donald Trump começa com seu avô, Frederich Trump, um imigrante alemão que se estabeleceu na América. Frederich abriu um hotel e um restaurante durante a corrida do ouro na região de Klondike, no Canadá, servindo mineiros em busca de riqueza. Quando faleceu, deixou uma herança considerável para seu filho, Fred Trump, que, em 1920, começou a construir casas populares no Queens, Nova York.
Fred Trump expandiu seus negócios durante as décadas seguintes, inclusive durante a Grande Depressão, e, após a Segunda Guerra Mundial, acumulou grande fortuna ao aproveitar um empréstimo do governo para construir apartamentos no Brooklyn. Quando faleceu, Fred Trump deixou uma fortuna estimada entre 250 e 300 milhões de dólares, estabelecendo a base financeira que impulsionou Donald Trump ao sucesso.
O Mercado Imobiliário: O Segredo dos Milionários
O mercado imobiliário tem sido uma das principais fontes de riqueza da família Trump, e não é coincidência que cerca de 90% dos milionários nos Estados Unidos tenham usado esse mercado para construir sua fortuna. O setor oferece várias vantagens, como rendimentos mensais de aluguéis, benefícios fiscais significativos e a capacidade de aumentar o valor das propriedades com reformas e melhorias.
Outro aspecto fundamental no sucesso de Trump foi o uso inteligente da alavancagem. Isso significa que ele conseguia financiar grandes projetos, como prédios de 10 milhões de dólares, mesmo sem ter o capital total em mãos, recorrendo a empréstimos e utilizando o dinheiro gerado pelos aluguéis para pagar as dívidas.
Essa estratégia permitiu que ele aumentasse seu patrimônio de forma acelerada, embora não estivesse isenta de riscos, como veremos mais adiante.
A Visão de Trump
Em 1946, Donald Trump nasceu no Queens, em Nova York. Desde cedo, ele demonstrava uma personalidade competitiva e ambiciosa. Um exemplo disso é quando, ainda criança, ele pediu peças de Lego emprestadas ao irmão, mas acabou colando-as para que não pudesse devolvê-las.
O interesse de Trump pelo mercado imobiliário foi imediato. Diferente de seu pai, que focava em construções mais econômicas nos subúrbios, Donald sonhava em construir prédios luxuosos nas áreas mais caras de Nova York, especialmente em Manhattan.
Nos anos 1970, quando Nova York atravessava uma grave crise financeira e social, Trump enxergou uma oportunidade. A cidade estava tomada pelo crime, e a área de Times Square e o Central Park tornaram-se centros de assaltos e violência. O Hotel Commodore, um dos mais prestigiados da cidade, estava à beira da falência, e foi aí que Trump viu sua grande chance.
A Grande Jogada de Trump: O Hotel Commodore
O Hotel Commodore, localizado ao lado do maior terminal de metrô de Nova York, estava em decadência, quase fechando as portas. Mas, para Trump, essa era a oportunidade perfeita de se consagrar com seu primeiro grande projeto.
Ele percebeu que, nesse momento de crise, além de conseguir comprar o hotel por um preço mais acessível, também poderia negociar alguns benefícios com a cidade. E aqui está a segunda lição da história de Trump: sempre mantenha uma atitude mental positiva. Em 1976, Trump se juntou à rede de hotéis Hyatt para comprar o Commodore e transformá-lo no Grand Hyatt Hotel por 100 milhões de dólares. Mas a compra não era tão simples assim. Trump ainda precisaria da autorização da cidade para concluir a negociação.
Seu argumento foi direto: se a cidade não aceitasse, o Commodore faliria, o que não apenas prejudicaria a região, mas simbolizaria que Nova York havia atingido o fundo do poço. Se, por outro lado, ele pudesse revitalizar o hotel, isso traria novos ares para a área, além de gerar milhares de empregos.
No entanto, Trump foi além. Ele não apenas solicitou a aprovação para a construção, mas também pediu uma isenção de impostos por 40 anos para o hotel. E surpreendentemente, ele conseguiu. Essa dedução fiscal permitiu que o Grand Hyatt poupasse mais de 410 milhões de dólares ao longo de quatro décadas. Isso foi um dos primeiros grandes movimentos estratégicos de Trump, marcando o início de sua ascensão no mercado imobiliário.
Após essa vitória, ele já estava de olho em seu próximo grande projeto: a icônica Trump Tower. Na verdade, Trump já estava observando o terreno desde 1971, quando chegou a Nova York. No livro The Art of the Deal, ele descreve que aquela era a melhor localização da cidade, e ele visualizava um prédio grandioso ali. Mesmo quando fez sua primeira oferta em 1975, e recebeu uma resposta desdenhosa—“você deve estar maluco se acha que tem alguma chance de comprar esse terreno”—Trump não desistiu. Meses e meses de persistência se seguiram, até que, anos depois, ele leu que a empresa proprietária do terreno estava à beira da falência. E foi assim que começou a história da Trump Tower.
Com o fim da crise e o boom em Wall Street, Nova York voltou a prosperar e o mercado imobiliário estava em seu auge. Trump aproveitou o momento. E quando os cassinos foram liberados em Atlantic City, ele rapidamente entrou nesse mercado. Em 1984, ele abriu o Trump Plaza, e em 1985, o Trump Castle, solidificando sua reputação como alguém com o “toque de Midas”—tudo o que ele tocava parecia se transformar em ouro.
Entre 1983 e 1987, Trump adquiriu uma companhia aérea, um iate, um time de futebol, uma mansão na Flórida e um jatinho particular. E foi também nesse período que ele começou a construir sua marca pessoal. Trump percebeu que seu nome poderia valer mais do que os próprios empreendimentos. Ele participou de várias entrevistas na mídia nacional, tornando-se cada vez mais conhecido. E assim, ele se transformou em um ícone, o símbolo do sonho americano.
Esse foi o início da era Trump, onde seu nome estava em tudo, de hotéis a cassinos, e até mesmo em produtos que carregam seu rosto até hoje.
O Divórcio e a Queda
Em meio a essa ascensão, em 1989, Trump tomou uma decisão ousada que não deu certo. Ele contraiu uma dívida massiva, e para manter seu cassino operando, precisaria ganhar mais de 1 milhão de dólares por dia. Em outubro daquele ano, um acidente de helicóptero matou cinco de seus principais executivos, e logo depois, a “sexta-feira negra” da bolsa de valores mergulhou o país em mais uma crise.
Os anos 90 não foram fáceis para Trump. Ele enfrentou um divórcio milionário com Ivana Trump, que saiu do relacionamento com 20 milhões de dólares, e viu seus negócios entrarem em colapso financeiro. A situação foi tão desesperadora que, em um momento crítico, um suposto advogado entrou em um de seus cassinos e comprou entre 3 a 4 milhões de dólares em fichas sem fazer nenhuma aposta. Esse “advogado” era seu pai, que veio ao resgate no momento mais difícil.
Com uma dívida de 3 bilhões em seus negócios e mais de 900 milhões no seu nome, Trump precisou vender seu iate, sua companhia aérea e parte do Grand Hyatt, seu primeiro grande projeto, para evitar uma falência pessoal. Ele então tomou uma decisão crucial: listou as ações do seu cassino na bolsa. Na prática, estava vendendo seu nome, levantando mais de 1 bilhão de dólares, o que o ajudou a se reerguer.
A Volta por Cima
Nos anos 2000, o programa O Aprendiz catapultou Trump para uma nova era de popularidade. O reality show, que inicialmente deveria ter um apresentador diferente a cada temporada, rapidamente se tornou uma vitrine de Trump como um empresário de sucesso. De repente, todos esqueceram de seus fracassos nos anos 90, e Trump foi celebrado novamente como um visionário dos negócios.
A capacidade de entender o que move as pessoas foi um dos maiores trunfos de Trump. Mesmo após anos, quando sua empresa faliu, ele deu a volta por cima e recuperou seu império. Comprou novos empreendimentos e lançou o livro “The Art of the Comeback”, mostrando ao mundo que ele estava de volta. E assim, com o novo século, Donald Trump estava pronto para entrar em um novo capítulo: o da política.
Chegando às eleições de 2016, muitos pensaram que ele não teria chance. No entanto, Trump sempre mostrou que era capaz de superar todas as expectativas. Quando sua campanha foi abalada pela divulgação de uma gravação comprometendo sua imagem, muitos acreditaram que ele desistiria. Mas, em vez disso, Trump usou sua tática habitual de contra-ataque.
Ele decidiu pausar sua campanha por alguns dias, o que levou muitos a pensarem que ele iria desistir. Quem pensou isso, certamente não conhecia Donald Trump. Em seu pedido de desculpas, deixou claro que não iria recuar e que contra-atacaria da mesma forma que Obama havia feito com ele em 2011. Trump trouxe à tona as polêmicas de assédio sexual de Bill Clinton e criticou Hillary por tê-lo defendido. Para reforçar o ataque, ele reuniu as vítimas de Clinton para depor contra o ex-presidente, tornando-se mais uma vez o centro das atenções.
Ninguém pensava que ele seria nomeado candidato, e ele foi. Ninguém acreditava que ele venceria, e ele venceu. Essa é uma prova de que, ao longo de sua vida, Trump sempre seguiu uma simples regra: a vida é um jogo, e ele se dedicou a vencer esse jogo. A pergunta que fica para você é: quão bem você está jogando o jogo da sua vida?
Espero que você tenha gostado deste artigo! Aproveite para deixar nos comentários quem é o próximo milionário que você gostaria de ver aqui no blog. Sua sugestão nos ajuda a trazer novos episódios. Até a próxima, e vamos para cima, porque a meta é o sucesso!
